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A história que você vai ler é sobre uma mulher que não estava preparada para ser mãe, que não estava preparada para o casamento e que muito menos estava preparada para a vida. É a história de uma pessoa comum, dessas que muitas vezes a gente nem percebe que existe, mas que faz parte da multidão de espíritos encarnados neste planeta para cumprir com sua parte, para conseguir evoluir um pouco em cada vida.

Essa mulher é minha genitora nesta vida. Apenas nesta vida. Estamos vivenciando um período de tempo em que nos dispusemos a conviver como uma família, de forma a tentar encontrar um caminho para nossos desequilíbrios.

Que são muitos, é claro, da mesma maneira que tantos e tantos milhões por esse mundo afora.

No nosso caso, e isso particularmente, há uma pequena exceção: a mim, que nasci do ventre dela, foi dado o conhecimento de uma situação que a maior parte das pessoas não possui. Conheço o passado, sei que estamos aqui por um motivo maior, e não preciso fazer uma apologia da mãe maravilhosa que todo filho tem.

Conheço-a desde algumas encarnações anteriores e conheço os seus e os meus defeitos. Isso nos trouxe, durante a vida, mais conflitos que soluções, mais rispidez que carinho, mais atritos que conciliação.

Posso argumentar que esse despreparo que ela teve em sua presente vida tenha dado como resultado uma certa insatisfação na convivência, mas o tempo, o desenvolvimento da consciência e o conhecimento da situação foram fatores que me propiciaram aceitação e superação desta que, também, é minha vida.